É tarde pra definir
Se tudo foi bom ou ruim
Se nada te fez ver
Não se preucupe mais
Seja feliz como nunca se permitiu
Agora já não há tempo pra lamentar
Distante de você
Pensei em te procurar
E quase sem saber
A gente foge sem notar
Que a estrada que me leva
É a mesma que te traz
E o destino é o que te une a mim
Em todo momento
Eu sinto que agora é hora da gente ficar
E ser daquele jeito perfeito como sempre foi
Eu sinto que agora é hora da gente ficar
E ser daquele jeito perfeito como sempre foi
E será...
Sigo respeitando a direção e os meus sinais
E as placas me indicam que é você e ninguém mais
E só de ouvir que você pensa como eu
E que também quis me procurar
Eu sinto que agora é hora da gente ficar
E ser daquele jeito perfeito como sempre foi
Eu sinto que agora é hora da gente ficar
E ser daquele jeito perfeito como sempre foi
E será...
(Como sempre foi - Aliados)
Eu quero ter você de novo
E acho que você também
Não temos esse tempo todo
Então por que você não vem?
Quem sabe um dia vira amor
Mas por enquanto é assim
Deixa por conta do prazer
Deixa o clima esquentar
Aconteceu, não tem como voltar atrás.
Não tem porquê se preocupar
Podemos previnir
Sabendo que o melhor ainda está por vir
Então, eu deixo você decidir
E nessa decisão, a cumplicidade vai, além da verdade
Desculpas de coração não podem faltar.
Quem sabe um dia vira amor
Mas por enquanto é assim
Deixa por conta do prazer
Deixa o clima esquentar
Aconteceu, não tem como voltar atrás.
Quanto tempo mais vou agüentar
Ficar sem te abraçar?
Sinto a falta do calor
Que encontro no nosso amor...
Promete que nos veremos logo.
Promete que isso não vai ficar assim.
Não consigo suportar a falta do teu olhar...
Promete que vamos ficar de novo.
Promete que comigo será feliz.
E mesmo essa distância,
Não vai roubar você de mim...
Quanto tempo mais vou agüentar
ficar sem te abraçar?
Sinto a falta do calor
Que encontro no nosso amor...
Queria, por um dia, conseguir mudar
Deixar de ser errante, por um dia, não andar
Eu tenho uma ferida de cada lugar
Em que deixei guardada a solidão
E agora, o rosto no espelho eu não conheço mais
Não tem volta, e tudo que me resta é prometer
Não pretendo te iludir, dizer isso vai durar pra sempre
Não pretendo te enganar até o meu coração não bater mais
Há muito tempo eu aprendi, nem mesmo a nossa morte é permanente
O tempo vai se encarregar de tirar a minha e a tua paz
Não, eu não sei lidar
Não, eu não sei amar.
Eu nunca fui de lembrar
Nem tenho quadros em casa
Pois são a fonte do problema
A vida nem sempre é
Do jeito que eu esperava
Eu já nem sei se vale a pena
Mas se eu pintar um horizonte infinito
E caminhar
Do jeito que eu acredito
Eu vou chegar em um lugar só meu
Lá pode ter um novo amor pra eu viver
Quem sabe uma nova dor pra eu sentir
A droga certa pra fazer te esquecer
E apagar a tua marca de mim
Tudo pode estar lá,
E eu aqui.
Ah, se você pudesse sentir
Como é não conseguir dormir
Sem ouvir a tua voz cansada
Você devia estar aqui pra ver
Aqui não para de chover
Desde que você voltou pra casa
Se o meu lar for onde houver tua respiração
Vou morar na tua voz, ao menos, até o final dessa canção
No teu coração
Ah, será que você vai lembrar?
Onde é que você vai botar o rascunho dessa história?
Ou vai fazer fogueira pra queimar
E ver que não dá pra fechar
A biblioteca da memória
Você já me conheceu o bastante pra saber
Se eu sou ou não bom o bastante pra você
Quando acordar, e o meu nome sussurrar...
Eu posso te ouvir
E eu sinto como se nós não estivéssemos a sós.
Você está aqui, e eu sinto que posso estar em qualquer lugar
Eu sinto que eu sou o ar.
Nem liga, guria
Se eu já não sei disfarçar
Se eu já cansei de esconder
O que era fácil de achar
Nem liga, guria
Se nos meus olhos não há (mais)
O brilho de quem vivia
Com o coração em paz
Se a gente já soubesse como vai ser a viagem
Antes mesmo de comprar nossa passagem
A gente já virava pro outro lado e dormia (tão só)
Se a gente entendesse que há um ciclo no amor
Começa pela cura, mas termina com a dor
A nossa cama pra sempre estaria vazia
Nem liga, guria
Se a minha voz acabar
Sei que tu já me sacou sem eu precisar falar
Nem liga, guria
Não vou poder te atender
Tô encontrando em minha vida um canto só pra você
Se a gente já soubesse como vai ser a viagem
Não perderia tanto tempo com bobagem
E o meu peito poderia muito bem ser a tua moradia
E finjo que acredito no que dizem sobre o amor
Eu finjo que é eterno, mas te peço, por favor
Esquece tudo e vem passar comigo essa madrugada tão fria
Vê se não fica assustada quando eu digo
Eu nunca fui daqueles que fazem sentido
Tô em são paulo, aqui o céu nunca é azul
Eu tô aqui cantando um samba com sotaque do sul
Amanheceu, e eu deveria estar dormindo
Mas estes versos são palavras explodindo
E, no teu colo, um dia, elas vão cair
E aonde isso vai dar, não cabe a nós decidir.
E veja só onde é que a gente chegou
Como alguém pode chamar isso de amor,
Se hoje escrevo com navalha
Em minha pele o que eu preciso esquecer?
Perceba as coisas que você me falou
Como alguém pode dizer que não mudou?
Se eu sou o fruto da minha falha,
As suas falhas podem definir você
E quando acordar...
Aonde vai estar?
Que roupa vai vestir?
Aonde quer chegar?
Não dá pra abandonar a posse do 'sentir'
Mas hoje estou aqui disposto a te apagar
Um mau espírito pegou tua mão
E enegreceu a cor do teu coração
E apenas eu fui testemunha
Mas não me encontro em posição pra te julgar
Pois também tenho um lado negro só meu
Apenas nunca quis ter visto o seu
E eu sei que não existe nada
Nessa vida que vai nos fazer mudar
E quando a dor chegar,
Quem é que vai te ouvir?
Te fazer respirar?
Te devolver o ar?
E quando acabar,
Um corpo pra esquecer
Feridas pra sarar
E o 'adeus' que eu não falei
Sou um retrato que a tua mão revelou
Cópia barata do que eu acho que eu sou
E sim, amor, eu sei que eu não devia
Querer demais o que eu nem sei o que é...
Lembro o brilho do olhar, não me recordo de nada parecido...
O semblante que radia, e faz acender a centelha.
DESTE MEU CORAÇÃO ÉS A FLÔR
QUE DÁ INVEJA AS ESTRELAS
És a primavera que traz a florada
Rebrotando o bosque em meu peito
Por onde ando olfato teu cheiro
O sol adormece a tarde se esvai
E é chegada a hora de rever minha branca morena
Logo estamos pisando em um útero e massacrando ele com nossas ideologias sublimes.
Se você tem muito dinheiro ou pouco, você apodrece do mesmo jeito em cima do útero.
A chance de errar com as pessoas mais humildes é 95% menor, sendo pobre ou rica, as mais humildes, e isso se reconhece com um bom papo, e tempo, estas são as que valem a pena, porque conhecem a medida do sofrimento próprio, e a medida dos valores do mundo.
O ùtero é a Terra, a mãe é GAIA, nossa querida terra, que nos da ar pra respirar, frutos pra comer, água pra beber.
Quando a esperança de uma noite de amor
Lhe trouxer vontade para viver mais
E a promessa que a chance terminou
É bobagem é melhor deixar pra trás
Eu tô cansado de sofrer,
Quero dançar sentir calor
E poder só olhar o universo em torno de você
Brilhando em vida, Sorrindo à toa
Só vibrando amor e paz
Sinto a noite, Penso em você
Lembro como é bom amar
Quando você se foi
Choreeei, Choreeei, Choreeeei
Agora que voltou
Sorri, Sorri, Sou Rei
Saiba que o simples perfume de uma FLOR
Pode vir, e ser um GRANDE AMOR na sua vida
Não gaste palavras pra viver
De iludir, os seus sonhos tão raros com mentiras
Não maltrate o coração,
Que dedicou, ao seu sorriso as suas batidas
Será livre pra sentir
Anseios de uma paixão, a ser uma HISTÓRIA LINDA
Diga que me adora
Deixe o orgulho e venha, porque já
Está na hora, da gente se encontrar e sermos um
Mas não demora, que é pra chama não desencantar
Se esvair no ar, e só restar lembrança
Eu tô cansado de sofrer,
Quero dançar sentir calor
E poder só olhar o universo em torno de você
Brilhando em vida, Sorrindo à toa
Só vibrando amor e paz
Vejo a Lua, lembro do sonho
Torço pra realizar
Sinto a noite, PENSO EM VOCÊ
LEMBRO COMO É BOM AMAR
QUANDO VOCÊ SE FOI CHOREI
Choreeei, Choreeei, Choreeeei...
Agora que voltou
Sorri, Sorri, SOU REI !
Sorri, sou rei - NATIRUTS
Embora eu não quisesse que assim houvera ocorrido, assim ocorreu. Mas desta vez acredito mesmo que não foi culpa minha.
Inverno, portanto no mesmo café. Encontrei-o no balcão mas ele queria sentar-se na poltrona de curvim nova, em frente a uma pequena mesa de madeira e granito, Deveriam servir chá em bule de prata, ou ao menos em uma louça decente, esses americanos!, era sua primeira desaprovação. E como sempre se queixou de o que eu escrevia, e disse que era a última vez que conversaria comigo sobre meus textos, que eu teria muito de aprender. E reclamou, e reclamou.
_ Não sei por que ainda perco tempo contigo - resmungou uma vez mais - Uma espécie de intuição que eu sigo, apenas porque conheço meu faro. Mas objetivamente, eu já deveria ter desistido de ti.
_ Talvez eu esteja melhorando - respondi.
_ Vês? Não bastasse, és presunçoso. Péssimo. Saibas: melhorar muito devagar não é diferente de estar estagnado. Não ajudo a estagnados. Mas sigamos adiante, porque meu tempo é curto (e quero aquelas rosquinhas com doce de leite): de todos os teus defeitos, o pior é achares que as pessoas estão interessadas em ti. Ninguém se interessa por tua vida ou pelo que pensas, podemos partir daí? - E viu minha cara que deveria ser de incredulidade, reconheço que provoquei fundamentação: - Ou crês que és o Justin Bieber? Ou a irmã da princesa Kate, meu caro homem médio?
_ Mas achava que criei um diferencial quando coloco meu ponto de vista...
_ Colocas teu ponto de vista e relatas tua experiência como se ela fosse de interesse para alguém além de ti - ele me interrompeu - E então sabes a conseqüência, não?
_ Sei uma delas, as críticas.
_ Pois então. Recebes críticas que te afetam pessoalmente, e te deprimes, e tens vontade de não escrever mais, como se os errados fossem os que te criticam, mas não são.
_ Não?
_ Claro que não. Se compusesses algo objetivo, estarias livre desse sentimento. Porém, como escreves de tua vida, as críticas vão direto a tua própria alma. Pura lei da Física.
_ Não entendo.
_ Não entendes porque aconselhar-te é jogar pérola no chiqueiro. Pensa: manter um ponto de vista pessoal não significa falar de si próprio. Pensa de novo. Pensa mais. Agora posso continuar: o público tem que ler algo que parta de ti, e não o que fale de ti.
_ E qual a diferença?
_ Não é errado, em princípio, narrar algo teu. Porém, uma narrativa da tua vida somente interessa ao leitor quando pode ser fielmente vivenciada por ele sem tua intervenção.
_ E quando isso ocorre? - perguntei, agora muito curioso.
_ Quando o que escreves não tem nada a ver com tua vida.
_ Putz!
_ Cala um pouquinho e esforça-te em compreender as nuances: caso sigas trazendo detalhes de ti, em pouco tempo estarás insuportável como alguns juristas com quem convives. Esses que acham que são os únicos a ter experiências ou a tangenciar uma verdade moral, porque lhes nasceu a sobrinha, porque foram para Aruba, porque leram um livro de auto-ajuda.
_ Isso eu havia notado. Mas então: o que o leitor quer saber? - tentei sacar-lhe outra vez.
_ Sobre ti, certamente nada. E, antes que perguntes, acerca de tua visão sobre o mundo tampouco nada, ou quase nada. Saber manter distância, ainda quando narres um episódio de tua vida, é uma arte que não dominas até o momento, porque não logras transcender. Só à distância o leitor... [ pausa, chega o café, ele ignora a garçonete] ... já ouviste dizer que o café não pode ser feito com água fervente, porque queima o pó? Eu assisti a um filme inglês em que barman afirmava que a infusão só pode durar vinte e três segundos. Vinte e três: nem mais, nem menos.
_ Perdão. Por favor prossiga: "Só à distância o leitor..."? - questionei.
Ele baixou a cabeça e fechou os olhos, a mão diante das pálpebras, em sinal de pura decepção.
_ Como pretendes ser escritor, se não compreendes metáforas mais básicas, ou sequer tens memória? Eu usava a cena do filme para referir-me à tua escrita, e na última conversa já te disse que a linguagem direta não é para meus pupilos, por favor não te desconcentres tanto! Bom, esquece. Mudemos de assunto.
_ Acho que entendi: _ tentei recuperar, porque me era importante - se eu quero dar uma opinião, científica ou não, sobre o mundo jurídico, devo cuidar para não enunciar algo puramente pessoal, não é? Meu ponto de vista tem de desaparecer, mesmo quando quero falar sobre mim. Não, melhor: tenho de fazer prevalecer meu ponto de vista, mas sem falar sobre mim... É isso?
Então, quando achei que estava quase chegando ao ponto, ele soltou:
_ Estás confuso como uma criança.
_ Estou - tive de assumir.
Como criança de fato, eu estava quase chorando, mas entendam: eu me esforçava ao extremo. Embora me estimulando a mente com muito café, quando eu pensava ter entendido algo (haver alcançado uma fórmula ou um princípio, ou um conselho inteligível!), tudo se me ia e eu pronunciava uma burrada sem tamanho. Então me senti mesmo na escola, naqueles tempos em que eu estudava e estudava e não entendia nada, eu tinha vontade mesmo de chorar, fazia décadas, a escola em que eu era burro como uma toupeira... Foi aí que disse o que não devia, mas foi nessas circunstâncias. Desabafei:
_ Sabe, talvez a solução seja mesmo eu não voltar mais aqui. Quanto tempo mais passará em que eu continue te decepcionando? Talvez nem seja momento de freqüentar este lugar tão raro, em eu posso sentar à mesa para dialogar contigo, com meu próprio texto.
Pela primeira vez eu o vi assim: ele esticou seu longo braço, e encostou o indicador em riste no meu nariz, e eu me senti mais ameaçado do que nas quatro vezes em que estive sob mira de revólver.
_ Nunca mais repita isso!
Virou as costas e saiu literalmente correndo. Não sei se ele vai voltar porque virou as costas e saiu literalmente correndo. Não sei se ele vai voltar, porque talvez eu o tenha ofendido profundamente. Talvez seja eu que não o saiba interpretar, mas sigo achando que não é culpa minha. Não de todo.
Víctor Gabriel Rodríguez - Jornal Carta Forense, segunda-feira, 4 de julho de 2011
