Entre os vãos

Lamentável infância que ainda perturba meus passos já idosos.
Indecisão é a oferenda que cai de seus braços e vem pairar sobre minha cabeça,
A última coisa que me coração desejaria é esta incerteza do querer, o que por muito tempo reinava como única certeza. Vai entender.

Conformado ficarei, quando vier me confortar seja lá como for...
Vai ser melhor, eu sei.
"De repente, a gente vê que perdeu, ou está perdendo alguma coisa morna e ingênua que vai ficando no caminho. "

Olhos.

Seus olhos,
Meus olhos,
Nossos olhos,
Sempre ele é quem indica a direção.

Seus olhos,
Meus olhos,
Nossos olhos,
Sempre ele quem observa tudo.


Nos faz pensar sobre o que é concreto.
Sobre o que realmente possamos ver.
E crer, é...
Os olhos, poeta mudo da imensidão dos sentimentos.

Meus olhos escuros,
Creem nos teus olhos claros.
E é bem assim...
Carrega a verdade, e mesmo se quisermos...
Não conseguimos esconder o que de fato é real.

Teantropia.

É gritante estes sinais interrogativos que tu insiste em elucidar, mera prerrogativa.
Paro e penso, reflito e me calo ao concluir, acabanado...
Teantropia?
Não, esvai-se todas as incertezas, permanece a escuridão
Tudo super transparente, engraçado não?
Fico aqui avariado com todo esse poder que tu tens de me sufocar, sem ao menos...

Sem mais delonga, eu sei, tu também...
Sabemos...
Sabemos muito mais do que queremos, sabemos também que o dia escurece, mas amanhã tudo fica claro, e novamente...
E novamente tudo continua assim, sem sentido algum.

Menininha.

Menininha – 09/05/2012

Meus ouvidos estão cansados
Só escuto perdição
Os olhos estão amarrados, escondidos no escuro
Se debatem, não conseguem atravessar o muro

Todo mundo ouvindo a melodia
Que hipnotiza o ar, sem notar
Enquanto só escuto sons enlouquecidos
Gritos dos corajosos esquecidos

Eu procuro algo à me segurar
Algum motivo para acreditar
Uma boa razão para brilhar
Não quero me acabar, não quero me matar por nada

Escuto pessoas perdidas
Falando sobre trabalhar e estudar
Pra sustentar um ciclo vicioso
Tudo foi-se indo, perdendo o sentido

Mas há esperança, pois
Hoje eu vi uma menininha que corria
Atrasada para sua rotina, que acabara de começar
Mas ainda sorrindo, ainda buscando sinceridade nas coisas

Espero que não levem o encanto dela também.

WATHIER, Jean. ''

Saiba que eu gosto muito de ti.

Era tarde, quase dia, e veja só onde é que a gente chegou, apenas perceba as coisas que você me falou.
Descobri que não dá pra abandonar a posse do 'sentir' mas hoje estou aqui, e estou disposto a te apagar, perceba... que lutei em vão esse tempo todo, uma batalha infindável entre o amor e o medo, entre a certeza e a disconfiança. Sim amor, eu sei que eu não devia. E aqui estou novamente, lutando contra meu ego, indagando a todo instante, o que um homem quer de uma mulher? O que realmente ele pode esperar, ganhar, acolher... de uma MULHER, o que?
A vida nem sempre é do jeito que esperamos, eu já nem sei se vale a pena a esperança.
Não pretendo te iludir, não pretendo me iludir. Não pretendo te enganar, tão pouco me enganar. Há muito tempo eu aprendi, aprendi muito com todo este tempo. Eu tentei, de todo o jeito, por anos, eu tentei, você não...
Voce precisa acabar logo com isso.
Mas diga a verdade, a mentira é disconfortavel, nunca imaginei que pudesse mentir pra mim, assim...

Sempre vejo o sol nascer quando deveria estar dormindo.
Sempre vejo o sol nascer quando deveria estar dormindo.
Sempre vejo o sol nascer quando deveria estar dormindo.
Sempre vejo o sol nascer quando deveria estar dormindo.

A casa do acaso

Como se fosse possivel ficar melhor...
Ha tanto tempo, nunca esteve pior...
E nada faz valer se não tivesse como arder,
Sem doer.

É o colirio que pede o sol
O óculos que usa a lua,
É fase de enchente
Derrubando a casa
Dançando chula.



A casa do acaso - Dooland''